1° Encontro de Extensão Comunitária
Casa Tainã, Dezembro 13-15, 2024
(pt_br)
A Casa de Cultura Tainã e a Rede Mocambos organizou um encontro que aconteceu nos dias 13, 14 e 15 de Dezembro de 2024. Nesse encontro esteve presentes pessoas da comunidade, de territórios quilombolas e movimentos sociais, representantes governamentais, acadêmicos, artistas entre outros, para discutir uma proposta que tem como principal objetivo a reivindicação dos territórios já estabelecidos como espaços de germinação do conhecimento, tratando de criar novas lógicas (mais equitativas) para a relação desses territórios com as instituições. Tudo isso têm o objetivo de criar novas estratégias para continuarmos a expandir nossa consciência para um modo mais confluente com nossas cosmovisões afroindígenas, visto o histórico de luta que esses povos fazem para sua autonomia em relação ao sistema colonialista. Esse movimento pode garantir a soberania das comunidades ao redor do mundo sem, entretanto, negar a participação das instituições, mas assumindo esse espaço que merecemos desde os tempos de nossos antepassados no territórios de África.
1. As universidades possuem uma dívida histórica com as comunidades indígenas, negras e oprimidas do Brasil e do mundo.
2. A extensão comunitária é o estudo da comunidade pela comunidade e para a comunidade.
3. O território é centro de produção de conhecimento, não objeto.
4. Inverter a relação entre universidade e a comunidade para que a definição de agendas e prioridades de pesquisa parta das comunidades.
5. Extensão comunitária não é assistencialismo. É cuidado, reciprocidade e solidariedade através daquilo que temos em comum e daquilo que nos diferencia.
6. Infraestruturas comuns com tecnologias livres são fundamentais para a extensão comunitária.
7. Nossos sonhos não cabem nos editais de financiamento: é preciso criar arranjos comunitários de apoio mútuo.
(es)
La Casa de Cultura Tainã y la Red Mocambos organizaron un encuentro los días 13, 14 y 15 de diciembre de 2024. Al evento asistieron miembros de la comunidad, territorios quilombolas y movimientos sociales, representantes gubernamentales, académicos, artistas y otros, para discutir una propuesta cuyo objetivo principal es reivindicar los territorios ya establecidos como espacios de germinación del conocimiento. La idea es crear nuevas lógicas (más equitativas) para la relación entre estos territorios y las instituciones.
Todo esto busca desarrollar estrategias que nos permitan seguir expandiendo nuestra conciencia hacia un modo más alineado con nuestras cosmovisiones afroindígenas, considerando la larga lucha de estos pueblos por su autonomía frente al sistema colonialista. Este movimiento puede garantizar la soberanía de las comunidades alrededor del mundo sin negar la participación de las instituciones, pero reclamando el espacio que merecemos desde los tiempos de nuestros ancestros en los territorios de África.
1. Las universidades tienen una deuda histórica con las comunidades indígenas, negras y oprimidas de Brasil y del mundo.
2. La extensión comunitaria es el estudio de la comunidad por la comunidad y para la comunidad.
3. El territorio como centro de producción de conocimiento, no como objeto.
4. Invertir la relación universidad-comunidad para que la definición de las agendas y prioridades de investigación provenga de las comunidades.
5. La extensión comunitaria no es asistencialismo. Es cuidado, reciprocidad y solidaridad a través de lo que tenemos en común y lo que nos hace diferentes.
6. Las infraestructuras comunes con tecnologias libres son fundamentales para la extensión comunitaria.
7. Nuestros sueños no encajan en los programas de financiación: necesitamos crear acuerdos comunitarios de apoyo mutuo.
(en)
Casa de Cultura Tainã and the Rede Mocambos held a gathering on December 13, 14, and 15, 2024. The event brought together community members, Quilombola territories, social movements, government representatives, academics, artists, and others to discuss a proposal focused on reclaiming established territories as spaces where knowledge flourishes. The goal was to create fairer frameworks for the relationship between these territories and institutions.
All of this aims to develop new strategies to keep expanding our awareness toward a way of living that aligns more with Afro-Indigenous worldviews, especially given these communities’ long-standing fight for autonomy against colonialist systems. This movement can ensure the sovereignty of communities worldwide without rejecting institutional involvement—but instead, claiming the space we’ve deserved since the time of our ancestors in African lands.